Sem ninguém para moderar o que escrevem, celebridades — e, por que não, anônimos — costumam usar o Twitter para dizer “barbaridades”. Desde brigas por picuinhas até demissões por justa causa, a rede de microblogs deu muito pano para manga nos últimos cinco anos. Confira abaixo as cinco maiores polêmicas geradas pelo Twitter no Brasil.

Danilo Gentili chama Hebe de velha
Ok, que o repórter do “CQC” metido a engraçadinho sempre gera discussão no Twitter, não é novidade. Mas, quando Danilo Gentili chamou Hebe de “múmia”, desencadeou a fúria de muitos seguidores. Em março de 2010, programa da apresentadora havia acabado de voltar ao ar, assim que ela se curou de um câncer. “Assistam! O SBT está reprisando agora ‘O Retorno da Múmia’”, disse. A cantora Preta Gil e o ator Bruno Gagliasso — que chamou Gentili de “babaca” — foram alguns dos que se revoltaram com a atitude do comediante.

Diretor de patrocinadora do São Paulo torce para o Corinthians
Futebol é motivo de discussão em mesas de bar, no trabalho e, há cinco anos, no Twitter. Então diretor-comercial da Locaweb, o corintiano Alex Glikas se deu mal por conta disso. Durante um clássico entre Corinthians e São Paulo, o torcedor postou mensagens como “Chupa, bambizada” e “Timão, eoooooo”. Até aí, tudo bem, tirando o fato de que a Locaweb patrocinava o São Paulo naquela partida. A gracinha custou o emprego do diretor. No dia seguinte ao incidente, a empresa divulgou através de nota que “o executivo decidiu, em comum acordo com a diretoria, desligar-se de suas funções”.

Bate-boca entre Letícia Birkheuer e Luiza Brunet
Às vezes é difícil saber o que é fake e o que não é. A modelo Leticia Birkheuer que o diga. “Acabo de ver uma notícia em que a @lebirk disse que teria vergonha em ser minha filha. Eu que teria vergonha se você fosse minha filha”, publicou o perfil falso @LuizaBrunett, que se passa pela ex-modelo. Leticia Birkheuer, a verdadeira, não deixou por menos: “Como ex-modelo, você está ex-educada e ex-exemplo”, disse, também pelo Twitter. Esse climão ela poderia ter evitado.

Soninha Francine insinuando sabotagem durante as eleições
Durante as eleições de 2010, a ex-vereadora Soninha Francine insinuou no Twitter que problemas com o metrô de São Paulo eram sabotagem. Segundo ela, partidos de oposição estavam promovendo ataques para prejudicar a campanha de Geraldo Alckmin (PSDB), candidato apoiado pelo PPS, partido dela. “Metrô de São Paulo tem problemas na proporção direta da proximidade com a eleição. Coincidência? #SABOTAGEM #valetudo #medo”, publicou. Rapidamente, a indignação da ex-vereadora virou piada — e a irônica hashtag #SoninhaFacts chegou aos trending topics.

Ódio contra nordestinos
Assim que se confirmou a eleição de Dilma Rousseff como presidente da República, alguns moradores do Sudeste, descontentes com a vitória, foram ao Twitter pôr a “culpa” pelo resultado nos nordestinos. Segundo essas pessoas, a candidata de Lula só conseguiu se eleger porque venceu no Nordeste — o que não é verdade, uma vez que Dilma também venceu no Sudeste. A estudante de direito Mayara Petruso serviu como símbolo dessa atitude. Entre outras coisas, a jovem clamou: “Faça um favor a São Paulo, mate um nordestino afogado!”. Além de ser alvo de uma investigação da Procuradoria Geral da República por discriminação, a jovem foi demitida do escritório Peixoto e Cury, onde estagiava.